sábado, dezembro 31, 2005

Bom Ano Novo

Criei este post porque a chefia se esqueceu.


Bom Ano Novo!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Bandas novas no CCFF

Fiz uma coisinha, que o hugo lopes não tinha tempo para fazer, sobre bandas emergentes no CCVF. Não sei se terá, de facto, valor noticiável.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Bem serviu para polir o meu ego. Nada que não consigam com um pouco mais de esforço e determinação.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Corpse Bride


Imperdível. Não é o Jack, mas é quase quase. ;o)
Danny Elfman, mais uma vez, numa banda sonora genial - não lhe percam os ouvidos.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Blitz

A edição desta semana do Blitz traz as escolhas dos seus leitores para os melhores do ano. As diferenças não são assinaláveis em relação às da semana passada, votadas pela redacção do semanário. Assim, Arcade Fire ficam com o melhor álbum internacional e melhor concerto (Paredes de Coura) e Old Jerusalem recebe os louros nacionais.

A capa é dos Strokes, que vão estrear, segundo o Blitz, o rock em 2006. O registo chama-se "First Impressions of Earth" e sucede a "Room on Fire" (2003). A partir do tema, o jornalista Luís Guerra desenvolve um pequeno almanaque do que designa por "novo rock": White Stripes, Interpol, The Libertines, The Hives, The Datsuns, Black Rebel Motorcycle Club, Mooney Suzuki e The Vines (além dos Strokes, obviamente).

Ainda, a notícia para o disco de Nuno Prata (ex-Ornatos Violeta) designado "Todos os Dias Fossem Estes/ Outros", a ser editado pela portuense Turbina. A acompanhar está, mais uma vez, o francês Nicolas Tricot (ex-Red Wings Mosquito Stings) como músico, arranjador, produtor e técnico. Os dois fizeram há tempos o projecto Nuno, Nico.
Nos registos fonográficos já editados, o Blitz destaca "Apple Box" dos XTC (ainda no seguimento do "novo rock" - estes professores) e o tecno de John Dahlback ("Man from the Fall") e Jesse Somfay ("Between Heartbeats").

Elege "Million Dolar Baby" como melhor filme do ano - vá lá perceber-se porquê (ler sem qualquer ponta de ironia). Ainda, um leque gigante de fotos de concertos, para recordar.

À parte tudo isto, o caderno emagreceu. Parece haver uma proporcionalidade inversa com a ingestão de doces de Natal.

The Gift

A maneira própria dos The Gift desejarem as 'Boas Festas'.

[à parte isto, estou de volta. =o)]

sábado, dezembro 24, 2005

Boas Festas

O Estranho Mundo de Jack, Tim Burton

(Estou offline até terça-feira - até lá.)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Que rico presente!

Não sei se era da qualidade da ligação, mas eu canto músicas de Natal melhor que o Fonseca!
Então Torres, como é que vai aquele projecto que tinhas em mente? Ou já tens outros?
Eu já ando a practicar para o que quer que seja... Não sei se conheces um guitarrista aqui da minha terra chamado Manuel de Oliveira. Ele anda agora numa digressão mundial com a Dulce Pontes. Em breve vai lançar um CD e um DVD. Eu vou marcar uma entrevista, mas convém que me dês umas dicas sobre isso, para não fazer figura de urso. Até lá queria desejar a todos... não, não vou fazer isto. Estudem muito para as frequências e... que o Comum seja ainda melhor para o ano! (Um feliz Natal e um bom Ano Novo voces vão ter de certeza...)
David Fonseca dá um presente aos utilizadores do seu site, com os desejos de "Feliz Natal e Bom Ano Novo".

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Woven Hand


Woven Hand é um projecto do mentor dos 16 Horsepower, que esteve duas vezes em Portugal este ano. A primeira foi em Agosto no festival Paredes de Coura e a segunda no Festival para Gente Sentada (Santa Maria da Feira), em Setembro.

Penso fazer este disco de "leitura obrigatória" para os colaboradores de Cultura do Comum online. ;o)

Maria Rita

A Seu Dona Maria Rita vem a Portugal em Janeiro. Posso escrevinhar alguma coisa sobre isso?

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Conversas no tanque

O professor Luís Santos é o convidado de hoje das Conversas no Tanque, no Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, Braga. O convidado lecciona o Laboratório de Jornalismo – Rádio e Televisão, na Licenciatura em Comunicação Social, na Universidade do Minho. O encontro é de entrada livre e está marcado para as 21h45.

"As Conversas no Tanque realizam-se todas as quartas-feiras às 21h45 na Velha-a-Branca, num ambiente informal e de café e têm como tema de partida um livro escolhido pelo convidado."

Entrevista com o Tiger Man

Venho por este meio comunicar-lhes uma das minhas últimas peripécias.
No passado sábado, enquanto cobria o evento 'Efeito Cinema' (que não mandei porque ainda não tenho tudo o que preciso=culpa da organização), apareceu por lá o senhor Paulo Furtado TCP Tiger Man.
Como eu sabia que a Olga(Pereira) ia fazer um artigo sobre ele, eu pus mãos à obra e tratei de arranjar uma entrevista para complementar o artigo. Como o público se tinha mostrado pouco motivado, eu achei justo obter o parecer do artista. O agente dele já me contactou e quando eu receber a resposta às perguntas vou entrega-las à Olga para processamento de dados. Ela depois vai adapta-los e anexa-los ao artigo.
Além disto, já arranjei contactos para outras possíveis entrevistas.

P.S.: Torres, não me mates. Eu sei que não gostas do homem, mas uma entrevista é sempre benéfica para o prestígio do jornal.

A ouvir: Vashti Bunyan

Lookaftering, 2005

Meus amores, onde andou esta menina nos últimos trinta anos? Delicioso. Aproveitem-na, se lhe conseguirem pegar pelas mãos.
(agradecimentos a Devendra Banhart, aos amigos e à nova geracção do folk, que a ressuscitaram)

terça-feira, dezembro 20, 2005

Princípios de Estilo

Meus amigos, ler os Princípios de Estilo do Comum online é de suma importância. Percebi há pouco que alguns de vocês ainda não lhe passaram os olhos.

Música & Internet

O Blitz trazia hoje novidades muito interessantes da parceria do mercado musical com o da informática.

Blitz

O Blitz editou hoje as escolhas dos seus redactores para os melhores discos - nacionais e estrangeiros - e melhores concertos do ano. Para Portugal, "Twice the Humbling Sun" do projecto de Francisco Silva, Old Jerusalem, foi classificado como nº1. Este é o segundo álbum da, ainda, curta carreira, succesor de "April" (2003). Seguiram-se na tabela "Metamorphosia" de Kubik, Ascenti" do Bernardo Sassetti Trio, "Single" de Carlos Bica e "Balancê" de Sara Tavares. Ainda estão listados David Fonseca, Clã e The Unplayable Sofa Guitar.
Nos anos anteriores: Bulllet, Old Jerusalem e Mão Morta, respectivamente, de 2002 a 2004.

De fora, o primeiro posto é de "Funeral" dos canadianos Arcade Fire (que acumulam o prémio de melhor concerto - Paredes de Coura), seguido pelo homónimo de LCD Soundsystem e "Demon Days" dos Gorillaz. "I am a bird now" dos norte-americanos Antony and The Johnsons, incrivelmente, apenas consta na sexta posição. Há ainda por lá "Cripple Crow" de Devendra Banhart (7), "Guero" de Beck (9), "Takk..." dos Sigur Rós (15), "Want To" de Rufus Wainwright (21) e "Wind in the Wires" de Patrick Wolf (23).
Entre 2002 e 2004, os vencedores foram, cronologicamente, Beck, The White Stripes e Tom Waits.

No que aos concertos diz respeito, e depois da liderança dos Arcade Fire, chegam os !!! em Paredes de Coura (que dia, meus amigos, que dia...), LCD Soundsystem no Lux, Ali Farka Touré no Anfiteatro Keil do Amaral (Lisboa) e Giant Sand no Santiago Alquimista (Lisboa).

O jornal traz ainda algumas sugestões de Natal, "O estranho mundo de Tim Burton", o inevitável "King Kong" e destaca nos discos "Uma outra história" e o homónimo do projecto Arizona Amp and Alternator. Diz também que o próximo disco dos Moonspell, "Memorial", já está gravado.

Ainda, e para quem quiser, reedita o mítico disco de estreia dos Censurados (1990) - punk rock, portanto.

Termómetro Unplugged

Abriram as inscrições para a XII edição do Termómetro Unplugged, a decorrer de 9 a 25 de Março.

Quinteto Tati

Exílio, 2004

Altamente recomendado. Para os que ainda não conhecem, conta com J.P. Simões (sim, o maluco de Belle Chase Hotel) no principal papel. E é, em opinião pessoal, o melhor projecto nacional dos últimos dois anos (prolíferos em boas coisas, por sinal).

segunda-feira, dezembro 19, 2005

«The Corpse Bride»

Estreia prevista para a Noiva Cadáver de Tim Burton : 22 de Dezembro (2005).
Posso desenvolver?

O dever de liberdade

Abro-vos "A porta para a liberdade" ("La clef des champs", por René Magritte):


Há que começar a trabalhar. Já é hora! "Uma objecto sugere que há outro escondido por trás dele" (Magritte). Ainda nem vamos no primeiro objecto. Sequer! A cultura é "como uma cebola: tem [muitas] camadas" (sim, como os ogres...).

Ânimo!

domingo, dezembro 18, 2005

Dead Combo

Os Dead Combo têm nova plataforma virtual. É um blogue e substitui, por hora, o desactualizado site oficial do duo. Começa bem, cheio de novidades interessantes.

Bíblia #23

A revista Bíblia apresenta hoje o seu 23º número - com a Sida por tema - no Mexe Café, no Bairro Alto, Lisboa (23h00). Já esteve na loja Fina Estampa, no dia 16, e estará no Bar Capela amanhã (23h00). Tudo Bairro Alto. Para dia 20 fica o bar Souk, na Marechal Saldanha (23h00).

Alguns dos escritores desta edição: Almeida e Sousa, Fernando Aguiar, Nuno Valério, Diogo Machado, Pipigrafiek, Ana Sofia V. Maior, Hugo Passarinho, Aranha, Popa, Antonio Gómez, João Bucho, Teresa Cavalheiro, Benedita Feijó, Luís Filipe Santos, Isidoro Augusto, António José Lopes, Leonel Moura, Claudio Parentela, Jorge Nesbitt, Paulo Arraiano e Sandra Gomes.

CCVF

Como fui ver o Tiger Man aproveitei e artiguei... Há pobrema? (está assim escrito de propósito)

Cancelado...

Pena o teu destaque ter sido cancelado... Devias escrever uma notinha a propósito, não Huguito?

sábado, dezembro 17, 2005

Miguel Sousa Tavares

"Comecei a escrever no PÚBLICO em 1991. Estamos em 2005: foi há 14 anos, com uma interrupção de ano e meio, entre 2002 e 2003.
Quando comecei apanhei logo de entrada com a iminência da Guerra do Golfo (…)"

Miguel Sousa Tavares começa assim a sua crónica (ligação apenas acessível a pagantes) de ontem no Público, a sua última neste diário. Muda-se para o Expresso (via António Larguesa), onde principia nova coluna semanal. Já lá havia estado, nos anos 80, como jornalista.
Saudosista, ponderado e esclarecido de uma boa decisão, o jornalista e escritor acaba tem por últimas palavras no Público: "Catorze anos chegam hoje ao fim. Naturalmente. Sem rancores e já com inevitáveis saudades. A partir de agora, passo a ser só mais um leitor às sextas-feiras".

Há tempos, Sousa Tavares, entrevistado por Ana Sousa Dias no programa Por Outro Lado, afirmou que estava a trabalhar arduamente para que o seu novo romance não tivesse mais de mil páginas. E que era um contador de estórias, que os romances eram obra do acaso.
Editados estão já "O segredo do rio" (1997), "Sul" (1998), "não te deixarei morrer, David Crocket" (2001), "Equador" (2003) e o novíssimo "O Planeta Branco" (2005). A acompanhar – não tivesse surgido do ventre de Sophia: não pode ser mais que palavras.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Y

O remake do mítico King Kong pelas mãos de Peter Jackson faz a capa de hoje do suplemento Y. Pelas páginas, lá bem no meio, encontram uma entrevista ao realizador e alusão a alguns dos actores. O filme estreou ontem e Portugal.

Podem ver ainda novidades sobre David Cronenberg, Ian Curtis, ou Prince; uma reportagem com a realizadora Catarina Ruivo, e outra sobre a electrónica em Seattle, a "cidade do grunge". E outras coisas.

Blitz

O semanário Blitz conseguiu esta semana a capa mais bonita dos últimos tempos. Esta capa demonstra criatividade e olho para o comércio (Adriana Calcanhoto), sem cair nos lugares-comuns que são Madonna, Robbie Williams ou Abba (a remeter de novo para a "rainha da pop") como nas últimas semanas.

Lá dentro, também Sara Tavares tem direito a destaque, a propósito do novo trabalho, Balancé.

Informações precisam-se...

Gostava que me tirassem as dúvidas... Neste blog é para "postar" o quê?
Já vi que tem um texto poético do chefe...por isso vou pôr um dos meus:

Tempo Imperfeito

I

Erro sem destino, perdido,
Complexamente desnaturado,
Desdenho e venero o abrangente,
E comove-me o absurdo...

Eu verso sem querer rimar,
Sem vontade nem paciência,
Em distracção só e abstracta,
Transmutação inerte de ser.

Adaptação e sublevação constantes,
São os meus dogmas camaleónicos,
Inerentes ao meu espírito latente,
Convecção entre o sonho e a alma.

II

Numa agreste solidão sentida,
Olho-me de lado e não me vejo,
Vejo-me e não me reconheço,
Findo eternamente sem tombar.

Encosto-me á vida inseguro,
Sou fracção de um polimórfico,
Com futuro estagnado, imóvel,
Fatigado de existência penosa.

O tempo medido é preciso,
Pelos relógios, criação nossa,
Mas nós, Efémeros Imortais,
Vivemo-lo com sentidos rombos.



III

Alheio á vida e ao sentir,
Neste planalto de vivência,
Com grave tontura de cair,
Viver é uma amarga ciência.

Descola... e parte o Tempo!
Com celeridade, impetuoso!
Esbatem-se as cores num momento!
Deixando um outrora talvez indecoroso!

E um minuto está passado!
E eu deixo-o com respeito,
Aquele bem e mal amado:
O nosso Tempo Imperfeito.


Jacinto Cardoso

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Concertos cancelados em Lisboa e Famalicão

Yann Tiersen cancelou a digressão europeia. A mãe adoeceu (verifiquem...). Agora só em Maio.

Pontapé

É o início, a criança de bebé, os diamantes que não se rasgam por dentro. Trejeito de comunicado, de ensaio para, as regras cantantes, manifesto-cimento-cor, desconexo. As coisas do sentido esquerdo. Bem-vindos, meus amigos.


Aviso dos azuis dos cravos por nascer:

you are welcome to elsinore, Mário Cesariny

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever de falar


Salvador Dali, Celestial Elephant