sábado, dezembro 17, 2005

Miguel Sousa Tavares

"Comecei a escrever no PÚBLICO em 1991. Estamos em 2005: foi há 14 anos, com uma interrupção de ano e meio, entre 2002 e 2003.
Quando comecei apanhei logo de entrada com a iminência da Guerra do Golfo (…)"

Miguel Sousa Tavares começa assim a sua crónica (ligação apenas acessível a pagantes) de ontem no Público, a sua última neste diário. Muda-se para o Expresso (via António Larguesa), onde principia nova coluna semanal. Já lá havia estado, nos anos 80, como jornalista.
Saudosista, ponderado e esclarecido de uma boa decisão, o jornalista e escritor acaba tem por últimas palavras no Público: "Catorze anos chegam hoje ao fim. Naturalmente. Sem rancores e já com inevitáveis saudades. A partir de agora, passo a ser só mais um leitor às sextas-feiras".

Há tempos, Sousa Tavares, entrevistado por Ana Sousa Dias no programa Por Outro Lado, afirmou que estava a trabalhar arduamente para que o seu novo romance não tivesse mais de mil páginas. E que era um contador de estórias, que os romances eram obra do acaso.
Editados estão já "O segredo do rio" (1997), "Sul" (1998), "não te deixarei morrer, David Crocket" (2001), "Equador" (2003) e o novíssimo "O Planeta Branco" (2005). A acompanhar – não tivesse surgido do ventre de Sophia: não pode ser mais que palavras.