Informações precisam-se...
Gostava que me tirassem as dúvidas... Neste blog é para "postar" o quê?
Já vi que tem um texto poético do chefe...por isso vou pôr um dos meus:
Tempo Imperfeito
I
Erro sem destino, perdido,
Complexamente desnaturado,
Desdenho e venero o abrangente,
E comove-me o absurdo...
Eu verso sem querer rimar,
Sem vontade nem paciência,
Em distracção só e abstracta,
Transmutação inerte de ser.
Adaptação e sublevação constantes,
São os meus dogmas camaleónicos,
Inerentes ao meu espírito latente,
Convecção entre o sonho e a alma.
II
Numa agreste solidão sentida,
Olho-me de lado e não me vejo,
Vejo-me e não me reconheço,
Findo eternamente sem tombar.
Encosto-me á vida inseguro,
Sou fracção de um polimórfico,
Com futuro estagnado, imóvel,
Fatigado de existência penosa.
O tempo medido é preciso,
Pelos relógios, criação nossa,
Mas nós, Efémeros Imortais,
Vivemo-lo com sentidos rombos.
III
Alheio á vida e ao sentir,
Neste planalto de vivência,
Com grave tontura de cair,
Viver é uma amarga ciência.
Descola... e parte o Tempo!
Com celeridade, impetuoso!
Esbatem-se as cores num momento!
Deixando um outrora talvez indecoroso!
E um minuto está passado!
E eu deixo-o com respeito,
Aquele bem e mal amado:
O nosso Tempo Imperfeito.
Jacinto Cardoso
Já vi que tem um texto poético do chefe...por isso vou pôr um dos meus:
Tempo Imperfeito
I
Erro sem destino, perdido,
Complexamente desnaturado,
Desdenho e venero o abrangente,
E comove-me o absurdo...
Eu verso sem querer rimar,
Sem vontade nem paciência,
Em distracção só e abstracta,
Transmutação inerte de ser.
Adaptação e sublevação constantes,
São os meus dogmas camaleónicos,
Inerentes ao meu espírito latente,
Convecção entre o sonho e a alma.
II
Numa agreste solidão sentida,
Olho-me de lado e não me vejo,
Vejo-me e não me reconheço,
Findo eternamente sem tombar.
Encosto-me á vida inseguro,
Sou fracção de um polimórfico,
Com futuro estagnado, imóvel,
Fatigado de existência penosa.
O tempo medido é preciso,
Pelos relógios, criação nossa,
Mas nós, Efémeros Imortais,
Vivemo-lo com sentidos rombos.
III
Alheio á vida e ao sentir,
Neste planalto de vivência,
Com grave tontura de cair,
Viver é uma amarga ciência.
Descola... e parte o Tempo!
Com celeridade, impetuoso!
Esbatem-se as cores num momento!
Deixando um outrora talvez indecoroso!
E um minuto está passado!
E eu deixo-o com respeito,
Aquele bem e mal amado:
O nosso Tempo Imperfeito.
Jacinto Cardoso
1 Comments:
A esclarecer: é um blogue de trabalho. Mas a cultura em partilha não aleija. Ao contrário: têm toda a liberdade para o fazer. O meu era com trejeito de ritual iniciático.
Que não vos doam os dedos de escrever, de pintar, de tocar.
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